quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Jundiaí enfrenta surto de catapora

De 700 casos, em média, registrados em 2012, em Jundiaí, subiu para mais de 1,1 mil o número de crianças infectadas pelo vírus da varicela - popular catapora - neste ano. Os dados da Vigilância Epidemiológica exigem medidas imediatas, de acordo com o secretário de Saúde, Cláudio Miranda, como a intensificação da vacinação na rede de ensino, "A catapora é uma doença típica deste período e os números sobem e descem a cada ano. Em 2010, foram mais de mil casos também. Em 2011, caiu muito. No ano passado, foram em torno de 700 e, neste, aumentou de novo. É normal", explica, completando: "Está tendo um surto e não é só em Jundiaí, é em todo o Estado de São Paulo, mas não é alarmante".
Na cidade, segundo ele, o que tem sido feito é um bloqueio vacinal quando há mais de um caso num mesmo local. Diretores de escolas têm sido orientados a avisar a Vigilância caso haja alguma criança infectada pela doença. "Imediatamente, uma equipe vai até a escola para a vacinação. É importante, porém, que os pais tenham consciência e levem seus filhos para serem imunizados, pois a maioria não leva", diz.
De acordo com o pediatra Eduardo Palandri, que atua na rede de saúde pública, tem sido notável o aumento de casos. "A catapora não é uma doença boba. É séria e baixa a resistência da pessoa por, no mínimo, uns três meses", afirma. A transmissão ocorre dois dias antes de apareceram as bolinhas vermelhas pelo corpo e de cinco a sete dias depois. "Só não passa quando a ferida cicatriza", alerta o médico. No Hospital Universitário (HU), um menino de um ano e três meses foi internado segunda-feira (21) e não tem previsão de alta, de acordo com a assessoria de imprensa. 

IMUNIZAÇÃO
Devido ao aumento do número de casos, também subiu a procura por vacinação. Na Immuni Clínica, segundo a alergista Flávia Munhoz, desde julho têm sido aplicadas, em média, 50 vacinas por mês. "Até então não passava de 30 aplicações a cada mês", conta. São duas doses para crianças a partir de um ano. E o reforço ocorre entre os 15 e 24 meses. Adultos que não foram vacinados também podem se prevenir. Nestes casos, são duas vacinas com intervalo de três meses. Na rede particular, o valor da vacina é R$ 160, aproximadamente. 

UBSs
Na rede de saúde pública, a vacina está sendo aplicada gratuitamente para crianças nascidas a partir de 1º de junho de 2012 e que já tenham 15 meses. Em nota, a prefeitura explicou que se trata da vacina tetraviral, que protege contra quatro doenças: catapora, sarampo, rubéola e caxumba.

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